
Vejo os rostos caídos, com semblantes murchos
Vejo meus sonhos voando, minhas preces fúteis
Minhas mãos elevadas enquanto os outros choram
Meu egoísmo em não pensar em nós
Meus desejos carentes, meus medos... tantos!
Minhas palavras doces, minhas tentativas...
Meus passos errantes, minha pressa tão louca
Minha vontade tão quente de ouvir a voz
Meus fantasmas que assustam
Minhas mãos tão quentes
Vejo meus nobres parentes
Não vindo mais me visitar
Meu tempo passado, meu novo legado
Minha fome tão tensa, minha garganta queimando
Meus olhos ardendo, meu corpo tremendo
Minhas abstinências...
Vejo mais uma vez, ir embora
Algo que não poderia ficar
Novamente vejo as horas
Novamente preciso deitar
Vejo meu dia que acaba, o sono que chega
Meus olhos que fecham, minha alma que deita
Vejo meu mundo perfeito, minhas reais sensações
Vejo meu silêncio bendito, minhas recordações
Vejo meus sonhos tão fortes
E mais um pouco de mim
Das coisas que vejo eu só guardo
Aquelas que nunca vão ter um fim.
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