sábado, 12 de fevereiro de 2011

Estamos todos esquecidos?


As mudanças são naturais, acontecem de uma forma ou de outra. Elas atraem sensações de calma, sensações de desapego, de desespero, de bom humor, de amor...
E acabam sempre sendo movidas por amor.

O pior de se estar só é que você se torna vulnerável, tudo que acontece ao seu redor pode simplesmente te fazer muito bem ou muito mal, tudo depende da sua interpretação. E ainda há um ponto mais negativo sobre não ter alguém, na maioria dos momentos, você sempre acha que não vai dar certo de novo e que é melhor deixar pra lá, e são nesses momentos que deixamos grandes e pequenas pessoas passarem por nossas vidas, deixarem seus perfumes que somem lentamente com os anos.
Conheço coisas piores, e o pior é ter passado tanto tempo e ainda conseguir sentir o perfume.
Não acho que podemos esquecer as pessoas das nossas vidas, de uma forma ou de outra, elas estão lá, fizeram parte, história, participaram do nosso crescimento, da nossa evolução, mas deixar estas pessoas serem os pilares da nossa alegria... É completo descontentamento, é deixar de fazer por si próprio o favor de sorrir.
Porque por vezes, sorrir é um favor a si mesmo, de tão difícil que se torna.
Não quero torturar meus pensamentos com condenações sobre um passado fraco, onde foi perdido o que talvez seria tão valioso, mas quero mostrar que isso é fato, nos acompanha e não vai nos deixar em paz mesmo que tenhamos conquistado nossos 50 anos.
Ainda me lembrarei, com certeza.

Podemos nos lembrar de abraços, de conversas, de saídas em domingos ensolarados, de amizades que foram perdidas, de ligações não atendidas, de fotos que deveriam ser tiradas, e haverá sempre aquela pontinha de dor gritando por atenção, sempre no mesmo horário da noite, em que você não tem ninguém do seu lado.

É difícil demais assumir esta culpa e dizer que o tempo realmente passou e que agora, tudo que resta é um grande mundo novo tentando te recuperar...
Mas se não quer recuperação, não há.
Penso se realmente vale a pena aspirar pela vida... Não é um pensamento suicida, mas uma análise do quanto corremos contra dores e no final sempre estamos lá, sentados, chorando pelo mesmo motivo.

Tem coisas que não mudam.
Mas eu espero que mudem, essa é a idéia de viver, esperar algo ser diferente um dia, sabendo melhor a cada dia que o passado não vai se transformar, mas que as ações de agora podem girar o futuro.
E esse futuro? Quem sabe...

Eu na verdade não quero saber!
Só quero deitar e sonhar...
Aguardar esses tais momentos de alegria, em que eu realmente esqueça por frações o que passou e não torne meu sorriso um favor a mim mesma.

Vamos fazer isso?

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