domingo, 21 de junho de 2009

E se...

Tantos ses.
Tenho pensado muito em alguns porquês, em algumas constatações jamais feitas e agora me pertubo com um pouco de se.
E se eu tivesse feito outras escolhas, não chorado tanto naquela noite, não ligado tanto e tivesse não bebido o vinho?
E se você hoje acordasse sozinho?
E se eu fosse agora te beijar?

E se todo o resto fosse realmente resto, se toda a história passada não fizesse efeito e se todo efeito fosse um arrepio frio, correndo o corpo colado, sem fazer mais nada?

Se a noite não fosse tão longa, se o passo não tivesse sido errado, se o emprego não fosse conquistado ou se alguém tivesse aparecido na hora marcada.
Se o telefone não tivesse tocado, se o computador ficasse desligado, se o remédio tivesse acabado e se as mãos fossem mais corajosas?

E se eu fosse mais boba, tivesse mais solta e falasse tudo o que penso?

Se pensasse qualquer coisa tola, se tentasse soltar minha língua, se ficasse na sombra de um íntimo, tão presa na minha esperança.

Meu Deus, e se o mundo fosse mais louco?
Se tivesse dado certo? O que seria de nós?

Se a festa tivesse acabado, se eu não tivesse caminhado, tentado e parado, o que faria essa voz?

E se o beijo não fosse roubado... Ah, o beijo, então... Foi roubado...
Por onde andariam estes pés?

Se os dedos não digitassem, se o nome não fosse tão feio, se denovo o começo, o fim e o meio, se eu não ficasse tão mal...

Acho que se tivesse aceitado, se naquele momento todo errado, qualquer coisa parecia incorreta...
Talvez, seria a escolha certa...
Se eu não pensasse tão para baixo.

Se você não pensasse tão para baixo.

Se nós fizessemos diferente.

Mas Meu Deus... O que comanda a gente?

Por onde andei pisando falso?

E se fossemos somente laços?
Contentes em existir...
Sem tentar co-existir.

Somente no senão da vida.

E se agora eu tentasse denovo?
Se o telefone tocasse denovo...
Se o convite fosse feito denovo...

E deixasse se permitir?

O que será? O que será?
O que há por vir?

Se qualquer semelhança é mero desapego
Se qualquer destino é somente coincidência
Se qualquer nó é apenas uma essência...

E se eu dissesse...
Que se você me ligasse...

2 comentários:

Alissu Deschain disse...

Quantas dúvidas. Incerteza é tudo que temos. Que chata seria a vida sem os "SEs".

olga disse...

Pensar faz mal a saúde (ou não)

Se joga mona!

"E se todo o resto fosse realmente resto?"

boa pergunta