quarta-feira, 24 de junho de 2009

BOOOM!

BOOM!

Os móveis se movem sozinhos
O relógio pediu pra parar
Tão só, tão intenso e tão louco
Esse tempo que só teima em soprar
Entre as horas que me quebram ao meio
E a semana que se estica nas ruas
Por onde ando. Por onde andas?
Por onde todos iremos passar.

Será que espero, será que avanço
Será que refaço o dia tão novo
E detono a bomba (relógio) que me domina
Só para parar de me preocupar
De contar todos os dias, até aproximar
Até sentir o perfume, o toque no ar
Até que faça a nuvem enfim chover
E todo o tempo passado, no passado permanecer

E viva essa verdade que decifra nossos lábios
Que nos toca em corpos quentes toda vez que olho os ponteiros
E viva essa saudade que distancia nossas mãos
Essa vontade, essa razão
De passar o tempo o tempo todo
E eu aqui denovo
Detonando essa bomba
Tentando convencer o mundo
Que temos tempo pra mudar

Que temos tempo pra sobrar
Tempo de sobra pra fazer
Tempo de menos pra esquecer
Tempo que corre pra tentar

Uma bomba com pressa pra amar
Um relógio sem pressa pra temer.

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