sábado, 27 de setembro de 2008

Remetente..


Depois de tantos anos, o que sobrou foi distração.

Cada centímetro de parede quebrada

Remete o centímetro de coração sangrando

Cada pupila tão mal dilatada

Remete a idéia de um corpo se deitando

Fugindo do contexto tão bem formulado

Do que errado, certo ficou

Da casa caindo, do teto descendo

Da estrutura envelhecida, de onde nada restou

Cada centímetro de parede esquisita

Remete o tempo que pudera, passou

Remete as mãos marcadas que encostam-se ao solo

Que tantos pés já segurou...

Remete o suor do corpo hoje antigo

Que ali dentro, na cama, amou

Remete a idéia de algo não escrito

Que no silêncio tão alto gritou

Entre as paredes, hoje sem nada

Vejo um tudo remeter

Remete a plenitude de um caso passado

Remete aquilo que não se pode esquecer.


6 comentários:

Anônimo disse...

Vai te fudê Daiane!

pqp!

* sai correndo e puxando os cabelos *

aaaaaaaah

Se eu fosse um pouquinho mais convencido, diria que vc faz de propósito, só pra mexer com eu.

morre/

olga disse...

Perfeito. Cada palavra exatamente onde deveria estar e uma rima que não compromete a fluidez ou sensibilidade do texto.

Por alguma razão estranha imaginei alguém em pé no meio de uma sala caindo lentamente rumo a um chão de ripas de madeira empoeiradas. O.k, essa é a hora que eu percebo q estou falando demais *sai correndo*

Enfim, meus parabens Daia :D

Alissu Deschain disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alissu Deschain disse...

Muito louco esse poema!

Parabéns tia Daia!

Assinado: Fioti.

Anônimo disse...

Esse foi foda. lixa/

Anônimo disse...

Fioti

iHAIUEhiuaehiauehIUEHUIHE!!!!

dedin/