terça-feira, 2 de setembro de 2008

putaqlamerda


"... nada a declarar..."

And the oscar goes to...
Me! Sure!

Eu não sei bem por onde começar isso aqui, caros leitores - amigos bloggeiros - de todo universo.
Poderia começar dizendo: Ow merda!
Poderia começar dizendo: Olha só... acordei as 5:30 da manhã, ta legal?
Poderia começar do começo mesmo: Acordei as 5:30 da manhã e...
Ou poderia começar de qualquer jeito.

Depois de uma árdua manhã de estágio enfrentando a fera loira da minha professora que tem crises "tepe-êmicas" repentinas, volto para o aconchego do meu lar.
Enquanto aguardava o ônibus chegar na rodoviária, pensava em fotografar o horário dele que estava em uma placa, já que era uma lista imensa e não tava nem um pouco afim de copiar um por um, nem de subir no guichê para pedir o horário.
Eis que quando pego o celular me deparo com 3 chamadas perdidas de um número de celular desconhecido.
Ok...
Absolutamente normal.

Mas eu não sabia o que me aguardava!

Antes que conseguisse tirar a foto, o ônibus chegou, parou e o motorista já decidia sair quando pedi para que ele abrisse a porta novamente e me deixasse entrar.
Lá vou eu, sem nenhuma música no ouvido já que meu MP3 fez o favor de "morrer".
Então abro o livro que estou lendo e embarco naquele mundo.

Chegando em casa, havia mais uma chamada perdida - agora de número fixo - no telefone de minha casa.
Retornei e ninguém atendeu, então retornei no celular, mas era de telemarketing e não sabiam do que se tratava.
Pouco depois o celular gritou de novo na ligação do mesmo número.

- Entrevista marcada para as 3 horas.
Era de uma casa para materiais de construção a respeito de um currículo deixado há mais de 1 mês.

Bom, é óbvio que fui.
Chamei um moto taxi que me cobrou 2 reais para me levar até a linha do trem, com o pequeno detalhe de que essa casa de materiais de construção fica atravessando a linha, virando a direita. O bobão iria me cobrar mais 1 real só para fazer isso com a moto.
Paguei menos e fiz minha caminhada - mal sabia eu.

Cheguei lá e logo fui atendida.
Entre tantas perguntas sobre meu antigo trabalho e sobre mim, veio a primeira pergunta que me fez engasgar.
- Porque você gostaria de trabalhar aqui?

- Ehr... Por que eu tenho uma paixão platônica por materiais de construção? (hehe).
Não, não disse isso!

Respondi qualquer coisa que ligasse ao emprego e que ao mesmo tempo não me deixasse com aparência de puxa saco.
E depois veio mais algumas perguntas, informações e uma prancheta com papéis.
Os da frente: um questionário.
Os de trás: folhas em branco para desenhar um navio, uma casa e uma árvore.

Mas moça! Eu adoro desenhar!
É, acho que esqueci um pouco do tempo e fiquei lá caprichando no desenho, foi quando vi a outra menina que iria fazer entrevista também, me toquei e sai rapidinho.

Fui recarregar as unidades do meu cartão-passe e depois visitei o pessoal do lugar que eu trabalhava.
O sol estava escaldante e fiquei pensando em todo o trajeto que deveria fazer até chegar em casa, era desanimador.
Então, decidi pegar o ônibus que vai pra cidade do lado que inevitavelmente passa pelo meu bairro, eu iria descer no meu lugar de sempre e ficaríamos todos muito felizes.

Mas eu não contava com a astucia do destino. ¬¬

O lindo ônibus que parou no ponto que eu estava e que me convenceu rapidamente a entrar, passar meu cartão e me sentar lá no fundo na verdade iria pelo caminho oposto do meu bairro e o único ponto que eu poderia descer fica numa distância praticamente igual a de ir embora a pé e economizar o passe.
Eis que vejo o ônibus fazer uma curva estranha e meu coração pula da caixa torácica para a boca.
Olho os lados, penso se me jogo da janela, no que pensariam de mim, penso ainda mais rápido se teria algo para resolver na outra cidade e penso então no ponto tão distante de minha casa.
Levanto.

- Cobrador. Esse é o penitenciária né? (Penitenciaria é o ônibus que peguei, faz o caminho pela penitenciaria, lugar completamente oposto a onde moro).
- Sim, é.
- Tem um ponto perto do Vista Alegre, não tem? (Vista Alegre é meu bairro, mas não se engane, não tem nenhuma vista alegre aqui.)
- Tem o do saci. (Bairro fim-de-mundo bem³²¹³²¹ atras do meu).
- Me avisa quando chegar lá?
Ele balançou a cabeça positivamente.

Então fiquei ali, já guardando energias para a caminhada.

Ah Daiane, não é tão ruim assim...
( Estou descendo do ônibus)
... Olhe que tarde linda...
( O sol consegue fritar um ovo no asfalto)
... Olhe quanta coisa legal...
(Terra mais vermelha impossível, do lado um monte de entulho e um mal cheiro que eu jurei por instantes que tinha morrido e ido pra você sabe onde).
... Caminhe!

Avante Daiane! Avante!
E começo a caminhar.

Então, já que não tinha muita coisa interessante para fazer senão fechar os olhos como proteção do sol forte (mesmo com óculos escuro fajuto), fui pensando, programando esse texto e observando as ruas.

Então um homem - aparentemente bêbado - encostado em uma parede, próximo à um mercadinho, dizia:
- Ei baixinho! Ei baixinho! BAIXINHOOO!

Pensei: "Bom, eu não sou baixinha, então não é comigo.”

Perto, tinha um cachorrão esparramado na calçada. De momento pensei: pronto! Adeus Daiane!
Mas ele nem se moveu com minha aproximação e foi ai que percebi que meu passo foi bem próximo à pata dele. Ai está o mistério da fé: se eu pisasse na pata dele não ia restar nem “daiazinha” para contar essa história, com certeza.

Bom, mas nessa etapa eu passei sem muitos problemas.

O bom de óculos escuro é que você observa as pessoas sem elas perceberem.
E eu estava observando.
Vi um homem em cima de algumas tábuas fazendo algum trabalho numa casa e fiquei olhando enquanto andava. Quando percebi, já estava quase tropeçando na madeira que firmava aquela estrutura e o mantinha ali.


"Quase mato o homem!”

Então parei de observar e já estava quase em casa.
Eu não tinha um centímetro de calçada para andar naquele pedaço, então na rua fui surpreendida pela sombra muito próxima do ônibus que quase acabou com o resto da história.
Mas eu juro que se aquele motorista me matasse, eu o mataria também!

Daí até minha casa não houve grandes surpresas.
Cheguei e respirei aliviada por ter sobrevivido a tantos pensamentos e contratempos.

Sentei feliz e contente. Respirei profundamente. E lá vamos nós...

Minha mãe me mostrou duas bolsas, me perguntando qual era mais bonita.

- Essa aqui.
- É sua!
- AH! Minha?
- É!
- AAAAAH!!! Minha? (derrubando o brinco.)

Essa surpresa foi demais, pensei que fosse uma recompensa por tudo que tinha acontecido e então decidi mostrar as duas para minha amiga que mora umas duas quadras da minha casa, pensando que quem sabe ela ficaria com a outra.
E era para levar meu RG para ela resolver um pepino do vestibular para mim, no curso pré-vestibular que ela faz.
Fui, mostrei a bolsa, esqueci RG.

E volta o cão arrependido com o rabo entre as pernas.
Pega RG, leva RG.

Vai então para a casa da mulher que vende bolsa e devolve a outra que ninguém ficaria e enfim: casa!

Sentei, respirei, vi a bolha no pé que ta doendo mais que alguma coisa que doa muito.
Me aliviei da “camelada” de hoje.
E entrei off no Messenger.

A mensagem pessoal do meu - nosso - amigo é:
"...Raiou o sol! Olha o mar que alegria! Sentir você é viver em harmonia..."

E eu apenas continuei...

>>>. D.aia. diz: eu vo buscar, no silêncio do teu mar, linda sereiaaa... odoia imenjá!

>>>.D.aia. diz: \o/

>>>.D.aia. se liga ausente.

>>>.D.aia. diz: * pensando se escreveu certo *

Alissu Deschain diz: bjo/

Alissu Deschain diz: To indo.

Alissu Deschain diz: Fuiz.

>>>. D.aia. diz: ow vlw... blz... bjs.

Alissu Deschain está offline.

Acho que além disso...
Não há mais o que dizer.
To aqui tentando descansar, ainda tenho muitas anotações para fazer e um bom livro para ler.

Mas...

>>> . D.aia .:* putaqlamerda... hoje eh dia msm... *

<- vai escrever o texto


>>>.D.aia. está offline.

...

<- Termina de escrever o texto!

Eu sei que não vou escapar de críticas para esse texto, mas isso foi feito como se eu estivesse escrevendo em um diário.

Então... pessoas...

Don’t worry... Be happy!

* Sai dançando macarena *



2 comentários:

Anônimo disse...

UHAUHAHUAUHAHUAUHUHAHUAHUAUH!!!!!!

a Daiazita se fudeu!

uaiheuiahuiehauih

Texto maça! =D

ps.: e a música também ;)

Alissu Deschain disse...

Até eu entrei na dança...

o_o'


Divertido demais...

A vida da Daia é um mangá.

Vc deveria fazer isso mais vezes...

Aliás, todos nós.

Saciaríamos nossa curiosidade sobre as vidas de nossos famigerados amigos.

hehe

"Raiou o sol, que haja a luz de um novo dia! A voz da fé é a sombra que te guia!"