sábado, 23 de agosto de 2008

Sentença

Tudo começou como uma brincadeira e virou conto!
Está ai...
Uma produção de: _d.aia_ / _diabolique_ / Clarissa Santos / Alissu Deschain. LTDA ( Todos os direitos reservados )

***


. >>> . D.aia . ( Don't let go now . . . ) - diz:

Todos estavam na sala que ficava sempre de portas abertas - porém hoje as portas permaneciam fechadas . Clarissa olhava atentamente o relógio prateado na parede roxa e refletia a combinação daquelas cores. Ao seu lado, Olga descansava os olhos sem dizer sequer uma palavra. Ouvia-se passos vindos do corredor central e ali surgiam Alisson e Daniel falando alguma coisa qualquer. Então o som de batidas na porta se iniciou.

Clarissa desviou os olhos para a janela tentando ver alguma sombra lá fora. Olga abriu os olhos e encarou os garotos. Eles, por sua vez, não se moveram.


_diabolique_ diz:

Um vez a bolha rompida os garotos foram averiguar quem seria a bater na porta. Clarissa e Olga se aprumaram na cadeira para ver quem vinha do lado de lá. Quando a porta se abriu só havia névoa lá fora, mas eis que surge uma figura encapuzada segurando um estranho objeto nas mãos.


Clarissa diz:

A figura cruzou a névoa, e revelou sua bela face. Os quatro na sala paralizaram, corações e e olhos fixos no semblante familiar e encantador. Era Daia. Sorrisos e lágrimas. Beijos e Abraços. Objeto nas mãos? Uma caixa cheia de belos presentes.


Alissu Deschain diz:

Era Daia, mas os quatro ali presentes não a conheciam, não sabiam a que se propunha aquela visita. Atrás dela, o corredor se estendia e vultos dançavam nas paredes e a escuridão contrastava com o sorriso radiante de Daia. Os presentes nas mãos dela estavam embrulhado em papel vinho. Ela olhou com seus olhos profundos para os quatro jovens e disse:

- Sou a morte.

Todos continuaram petrificados diante daquela pronunciação. Uma voz doce, com um sotaque diferente, se auto-denominando a própria morte, a devoradora dos destinos.

Ela continuou:

- Hoje um de vocês irá comigo.

Eles estremeceram, se entreolharam, aflitos. E Daia sorriu docemente, algumas sombras pareciam se estender sobre seus ombros e se misturarem a seus cabelos negros ondulados.

- Mas deixo a escolha com vocês. Então me digam: quem deve morrer?


. >>> . D.aia . ( Don't let go now . . . ) - diz:

Os amigos apertaram as mãos trêmulas e se entreolhavam constantemente. Alisson deu alguns passos para frente com seu espírito heróico falando alto:

- Eu vou!

E ela sorria docemente entrando na sala.

- Vocês não entenderam. Não estou aqui para atos heróicos. Quero que escolham um amigo, o mais votado irá comigo.

Um frio forte arrepiava-lhes os pêlos e alma. Olga sentou-se esfregando os olhos talvez tentando se convencer que estava dormindo. Clarissa apontou para Daniel.

- Ele vai!


_diabolique_ diz:

Clara começou a discutir com ele, chegando cada vez mais perto um do outro, prontos para entrar em combate se fosse necessário. Alisson angustiado tentava acalmar os dois e Olga permanecia na mesma posição. De repente ela se manifestou:

- Vamos fazer uma votação. Sei que não é a forma mais sábia de se fazer isso, mas é a única que nos resta

Os outros a olharam por um instante e pensaram em quem votariam.


Clarissa diz:

Olga tirou um pedaço de papel e uma caneta bic do bolso, dividiu o papel em 4 pedaços e disse:

- Cada um vota, e joga o papel no chão, à sua frente. A morte será a juíza.

Daia sorria, ser a juíza final era seu hobby favorito.

Todos escreveram os nomes, um de cada vez. Um frio assustador rondava o lugar, e penetrava aquelas almas.

Talvez, entregar um amigo à morte fosse como se auto-entregar. Os quatro amedrontados e chorosos, esperavam o julgamento.

A morte, enfim, começa o seu veredicto. Se aproxima, ainda coberta por trevas e recolhe os 4 papéis:

- Primeiro voto: Clarissa. Segundo voto: Daniel. Terceiro voto: Clarissa. Quarto voto:....


Alissu Deschain diz:

- Quarto voto: Daniel.

Daia sorriu meigamente e disse:

- Temos um empate aqui.

Olga e Alisson se olharam.

As batidas dos corações dos quatro pareciam estar em uníssono.

- Faremos outra votação - sugeriu Olga.

- Isso não mudará nada - disse Alisson friamente.

Daia parou um instante de sorrir e olhou para Clara e Daniel, que haviam dados as mãos.

- Bom, não vou escolher, seria muito chato. Os seus amigos devem escolher quem dos dois vai comigo. Decidam!

E disse isso num tom de voz autoritário que amendrontou Olga e Alisson, fazendo-os recuar a um canto escuro do quarto. Olharam de relance para os amigos em choque. Desviaram os olhares.

Por fim, a tarde já findava lá fora, quando Olga e Alisson voltaram do canto do quarto com a decisão:

- E então - perguntou Daia-morte, lixando as unhas displicentemente.

- Leve o Daniel - disse Alisson.

O jovem abraçou Clara fortemente. Em seguida a soltou. Daia o olhou friamente e em seguida se aproximou dele, rebolando sob a capa negra. Entregou-lhe um dos presentes e disse:


Alissu Deschain diz:

- Com este presente dará àqueles que a mim lhe ofertaram o que merecem. Será como um último desejo seu.

Daniel trêmulo, porém decidido, pegou o embrulho cor de vinho e olhou para os três. Clara se afogando em lágrima teatrais; Olga com um fio de suor descendo na testa; Alisson trêmulo, um tique nervoso na sobrancelha.

Daia sorriu e disse:

- Dê o presente àqueles que lhe baniram desse mundo.

Daniel se dirigiu a Olga e Alisson. Ele mantinha uma expressão séria, sem manisfestar medo, ou revolta. Entregou o embrulho e virou às costas.

Daia-morte disse, alegremente:

- Agora abram.

Olga se precipitou para abrir a caixa, mas Alisson a tomou de suas mãos, rasgou o papel de presente, abriu a caixa.

As sombras atrás de Daia riram sinistramente. Dentro da caixa, o sangue pintava tudo por dentro; dois pares de olhos verdes o fitavam presos a correntes de pescoço. Daniel ao lado da Morte deixava escorrer sangue de suas órbitas ocas. Clarissa gritou de pavor. Daia ria descontroladamente.

- Usem esses colares. No dia que um de vocês o tirar do pescoço, morrerá.


Alissu Deschain diz:

...As sombras revoaram por todo o quarto e devoraram o corpo magro do jovem; braços, pernas, orelhas, tudo ia desaparecendo, sendo tragado pela escuridão faminta. Clarissa já não gritava, já não fazia mais nada. Olga e Alisson se entreolharam uma última vez. Ela pegou o seu colar, um tanto enojada, e colocou no pescoço. Ele apenas continuava a fitar aquele olho vivo dentro da caixa. Daia-morte desaparecera com uma última gargalhada na noite.

E tudo agora era escuridão.

Olga carregara Clarissa ao amanhecer, certamente Clara perdera a alegria para sempre, não falaria mais, não riria mais, seria apenas um fantoche, que Olga carregaria para longe daquelas terras e daquela casa.

Alisson carregou a caxinha até o jardim. Cavou um buraco com as proprias mãos e enterrou o embrulho da morte.

Já era dia, mas a escuridão se apoderou dele mais uma vez. Alisson pareceu satisfeito quando viu um vulto negro surgir a sua frente: os olhos ocos na face pálida sob o capuz. Alisson o olhou e antes de ser levado pela Morte ainda disse num suspiro inaudível: perdão.


Alissu Deschain diz:

~ FIM ~

***


Daniel! Nós te amamos!!! *-*

8 comentários:

olga disse...

Prova da habilidade de Alisson em transformar qualquer coisa em algo macabro

Pobre Daniel =~~~

O.k, vou ali não consegui dormir :P

p.s: Observe que na verdade Alisson n enterrou a caixa pq fosse nobre, eh que ele ficou com nojinho de tocar no colar HAIUHAUHAIUAHAIUHAIUHAIUHAI

_d.aia_ disse...

hauauhauhuha

num guenta?

faz balé!!!

Adoreiiii isso...

precisamos fazer mais vezes! Embora tenhamos passado nervoso com Alisson e sua demora...
Ele fez um livro ¬¬

Mas ficou massa pacaraiu!!! \o/

=*

olga disse...

Imagina se fossem os dois escrevendo juntos? Teriamos saido daqui só semana que vem lixa/

Anônimo disse...

teriam mesmo,


E isso seria complicado, considerando que hoje é o primeiro dia da semana. lixa/

Mas, wathever. Tenho uma coisa pra dizer pro indivídio que me matou.

"Não haverá perdão, jamais!"

"Não me leve, Daniel. Por tupã!"

"Tarde demais."

Uma hora depois estava o Curumin no limbo, sendo devorado pelos chacais.

Testemunhas afirmam que essa era sua expressão:

0__0

Alissu Deschain disse...

Gostei da brincadeira.

Outro dia, quando estivermos entediados, repetimos.

\o/

_d.aia_ disse...

Tbm gostei da brincadeira!!!

Vamos fazer mais vezes!!! *-*

Diz q sim... diz q sim... *pulando*

=)

Gordah Campos disse...

Adoro essa sutileza entre os amigos, nada mais bonito. :P
Confesso que ri bastante com esse post e que amei a história, ficou realmente genial. =D
A Daia é do mal, cara. ahuahauhauhauhauhau

Para Daia:
10 reais, mano! (por comentar aqui) uahuahuahauhauhauhuah adorei isso :P

Para Daniel:
Mesmo morto, amo você. :P =D


Parabéns a todos, mais uma vez, ficou maravilhoso! =)
:*

_d.aia_ disse...

*-*

carooooolll!!!

* agarra *