sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Bleeding


" ... Ainda espero você... "


Estou aqui! Não me procure...
Seu olhar voltado para a rua nem vai me notar
Permaneço observando as paredes caindo
A cortina balançando
E essa falta de ar.
Minhas mãos se apóiam
Meu corpo ainda dói
Sua guerra interior me deteriora
O pouco de paz me corrói
E seu rosto não vira, não me olha...
Me pergunto onde estou...
De toda nossa história, bela história
O que será que restou?
O quarto já ficou frio, com essa janela aberta
Você sentado ali, olhando o movimento
Do outro lado minha alma em um tormento
Penso! Apenas penso, meu amor.
Porque você não tenta se levantar?
Caminhe até mim, me observe.
Olhe a coloração da minha pele, sinta meu perfume
Toque-me com a frieza com que vê o sol

Oh, isso está doendo.
Não vai sair impune...
Oh, amor! Estou sofrendo...
O que ainda nos une?

Você caminha levemente pelo cômodo,
Esses meus olhos pequenos te seguem
Acho que descobri porque te amo tanto
Mas, sentimentos não se medem...
Estou aqui! Ainda estou...
Mas faz questão de não me ver
Acho que percebi o final chegando
Está tentando me esquecer.

E isso está doendo!
Bem mais do que imaginei doer...
Olho você, mas não estou vendo
O que é que vai nos acontecer?

Meus pulsos sangrando bem mais que minha alma
Minha alma quebrada igual o porta-retrato
A cama desarrumada assim como meus pensamentos
E o vento fazendo frio na minha calma
Onde você está? Porque não te enxergo
Há tempos vejo só carcaça
Não me diga que me ama
Sua face não disfarça

E isso dói. Dói muito.
Acho que é hora de partir.
Deixar que o destino se encarregue
Fechar os olhos, deixar fluir...
Pulsos abertos, entre solidão.
Vou deitar e esperar...
Talvez eu perca a razão...

Vou deixar que essa sensação me descubra
Vou descobri-la onde quer que ela more...
Ei, amor... Quando me encontrar aqui, dormindo...
Por favor... Não chore.

2 comentários:

Anônimo disse...

*---------*

cabou?
Mas já?

Bem, como disse o poeta...

foderástico.

Putz Daia, você fez o sangue por tinta...

Ficou... bem, como posso dizer...
estupefatamente estapafúrdia!

Estou estrogonóficamente embasbacado!

Alissu Deschain disse...

Muito bom, D. Daiane. Vc já não é mais a mesma do teto.


U_U