Give me a reason to love you - Give it a shot, you have nothing to lose...

" ... Quem disse que tem hora pra se inspirar? Msn tbm eh cultura.. auauhauauha... está ai a prova q msgs pessoais d msn garantem algo produtivo... ou qse isso rsrs... "

Eram todos amigos. Muito amigos por sinal. Nos últimos dias o clima ficara estranho e havia uma sensação de pendência no grupo.
Na sala estavam Daniel e Alisson conversando sobre qualquer coisa sem sentido e Olga entrou quieta, sentou-se mexendo compulsivamente no controle remoto.
- Que houve?
- Não quero conversar agora.
O portão batia causando um barulho irritante e os passos se aproximavam rápido. Daiane entrou, colocou algumas sacolas na cozinha e bateu a porta do quarto. Atrás surgiu Istephany, trêmula e com a feição preocupada. Abaixou e sentou-se no chão próximo a porta com a cabeça baixa.
- Que houve gente? – Daniel questionou mais uma vez.
- Nada Daniel! – gritou Olga.
Istephany levantou a cabeça, olhou Alisson que permanecia sem dizer nada e novamente abaixou a cabeça.
A porta do quarto de Daiane se abriu devagar e ela caminhou até a cozinha, parou olhando Daniel e todos esperavam no momento o que seria dito.
- Vou embora!
- O quê? Vai pra onde? – perguntou Alisson que até então nada havia dito.
- Volto pra São Paulo.
- O que é que aconteceu aqui? Posso saber? – Daniel levantou-se gritando.
Istephany começou a chorar e Olga foi para fora batendo o portão em seguida.
Daiane permanecia pálida, a face já mostrava a vontade de chorar mas talvez o desespero fosse tanto que as lágrimas não desciam.
- Me diz! – Ele já segurava seu braço com força.
- Você ta me machucando Daniel.
- Solta ela Daniel. – Alisson dizia ainda sentado.
- Me diz Daiane! Me diz o que aconteceu!
- Me solta!
- Solta ela Daniel. Ta machucando a menina. – Alisson já levantava.
O som de um carro parando bruscamente assustou o garoto que a soltou rapidamente e no mesmo momento Istephany levantou-se correndo com Daiane para o quarto.
- O que é que a gente vai fazer?
- Droga! Droga!!! Droga!!!
- Merda Daiane, o que a gente vai fazer?
- To pensando! To pensando. - Daiane jogava as roupas no chão procurando alguma coisa.
- O que você ta procurando?
- Dinheiro Isteh, dinheiro!
Daniel e Alisson conversavam com os senhores do carro negro lá fora e o rosto mudava instantaneamente.
Daiane e Istephany saiam com cuidado pela janela do quarto chegando à rua de trás da casa.
- Pra onde a gente vai?
- Não sei.

***

- Daiane! Abre a porta! – Daniel batia devagar na porta do quarto. – Abre a porra da porta!!!
- Ei meninas, abram essa porta. Isso vai ser pior do jeito que estão fazendo! – Os senhores do carro preto acrescentavam.
- Alisson, vamos pra cozinha. – Daniel puxava-o pelo braço.
Alisson estava mais pálido que o normal (AUTORA RINDO MTO) e sentava-se olhando para Daniel.
- O que aconteceu? O que elas fizeram?
- Alisson, tem alguma coisa errada aqui.
- Porra Daniel, grande descoberta!
- Você não me entendeu. Tem alguma coisa muito errada aqui. Alisson, presta atenção! Olga, Daia e Isteh? Isso não faz o menor sentido.
- Mas elas fizeram algo Daniel. Infelizmente as nossas amigas fizeram algo!
- E o que você faz para proteger um amigo?
Alisson apenas encarava Daniel.

***
- Elas não estão no quarto rapazes. Tem a chave reserva daquele quarto?
- Não! É o quarto da Daia, a gente não fica com a chave não.
- Vamos arrombar a porta! Ok?
- Ok. – Disse Alisson.
Daniel o encarou.

O quarto estava vazio e bagunçado. Roupas por todos os lados e uma carteira jogada em cima da cama. Todo o dinheiro guardado há mais de 6 meses havia desaparecido.
- Tem alguma idéia de onde elas estão?
- Não senhor!
- Se elas aparecerem, ligue para nós. Ok ? Ajude-nos para não entrarem nesse jogo rapazes. – O homem de barba rasa entregou um cartão saindo pela porta estreita da sala em seguida.

***
- Olga!
Olga estava sentada na sarjeta.
- O que nós vamos fazer? Me diz?
- Não sei. Não sei o que vamos fazer! Temos que pensar! Foi tudo idéia do Dyego e ele não ta aqui pra resolver, então temos que pensar por nós mesmas.
- Dyego não está aqui e em lugar nenhum Daiane. – Acrescentou Olga.
- Eu não acredito que matamos o Dyego! – Istephany chorava compulsivamente.
- NÃO MATAMOS O DYEGO!
- Quem matou então? O Bozo matou? Francamente! A gente ta mais suja do que qualquer outro criminoso. – Olga completava.
Daiane sentou ao lado de Olga, a abraçou e disse calmamente:
- Eu sei que está sendo difícil pra você Olga, você pensa que pra mim é fácil? Mas não matamos o Dyego! Ele fez aquilo sozinho.
Istephany se acalmava.
- É Olga! Ele fez aquilo sozinho. – ela concordava tentando convencer a si mesma.
- Estávamos todas juntas! Fazemos parte disso.
- Porque fomos lá Olga? Me diz!
Olga abaixou a cabeça e respirou profundamente.
- Porque nossa vida ficou tão difícil?
- Eu não sei!
Istephany abraçava as duas e a cena se completava assim, as três amigas abraçadas pensando nos próximos passos.

***
Enquanto caminhavam lembravam-se das ultimas semanas de Dyego na casa. Ainda conseguiam ouvir os gritos da ultima briga e das palavras de raiva dele quando foi embora.
Daniel e Alisson nunca foram tão cruéis com alguém e Dyego nunca fez algo tão horrível como naquela noite.
A noite anterior à manhã em que todos acordaram e não havia nada dentro de casa. Todos os móveis vendidos para pagar o vício em que ele havia se metido.
- Fizemos isso para salvar Alisson e Daniel. – Olga falava baixinho.
- É isso mesmo. – Istephany concordava.

***
- Onde essas meninas estão? – Daniel caminhava de um lado ao outro da casa perguntando-se.
- Daniel, será que Dyego está envolvido com isso?
Daniel parou e fixou os olhos em Alisson.
- Será?

***
- Daniel. – Daiane o chamava calmamente da porta.
Daniel virou-se encarando-a.
- Posso saber agora o que aconteceu?
- Pode Dan. Me desculpa. Aliás, desculpa a gente.
- Hum.
As garotas então sentaram-se e começaram a contar a história.
- Dyego foi até um grupo de homens para que eles viessem aqui matar vocês depois daquela briga. Soubemos disso porque ele nos enviou uma mensagem pedindo para que saíssemos daqui ainda essa semana e então fomos até o lugar que está morando e obrigamos ele a nos contar. – Daiane começou a contar.
- Como ele confia muito na gente ele contou. Saímos de lá no mesmo momento e fomos até o lugar que fica esse grupinho. Mas Dyego nos seguiu. Foi uma briga horrível. – Olga completava.
- Ele disse tudo o que sentia e vimos que ele não queria nos causar mal, mas tava muito chateado com vocês. Mas então ele começou a dizer que fazia de tudo para amarmos ele e tal e então Daiane pediu-lhe um motivo para amá-lo. – Istephany continuava.
- É. Eu pedi. E ele ficou parado sem dizer nada, me olhando. Depois de um tempo ele disse que queria se vingar, porque nunca fora tão humilhado.
- E então eu disse para ele dar-lhes logo um tiro, porque não tinha nada a perder. – Olga acrescentou.
- Meu Deus! – Daniel disse em coro com Alisson.
- Eu não sabia o que dizer. Apenas o vi mirando a arma que estava na cintura dele na própria cabeça e... – concluiu Istephany.
- Não... – Alisson não conseguia falar.
- Matamos Dyego. Matamos ele com cada palavra que dissemos. Ele estava completamente furioso. – Olga completou elevando as mãos até a testa.

E todos permaneceram extasiados pela situação.


Corta! – Disse Daniel.
Os atores que faziam personagens com os nomes de seus amigos saiam de cena enquanto o célebre cineasta Daniel tomava mais uma dose de whisky em pleno trabalho.
O Studio se reestruturava rapidamente para a próxima cena e então tudo recomeçaria.

Mas aquilo...
Não passava de ficção.

( HUAUhuUUHAUHAuhuAhHAUHUHuUHAu )