segunda-feira, 9 de maio de 2011

Desencontros

Desde que se conheceram, seus caminhos andaram cruzados e eles sempre se reencontravam. Havia um amor não se sabe onde, não se sabe como, mas havia. Dentro dos olhos, nos gestos sinceros e despreocupados, no beijo demorado. Desde que se conheceram eles sabiam que nada mudaria aquela união. Mesmo que cada um decidisse viver outra coisa, ir para outro caminho, estavam ali já tão conectados que nada poderia transformar o que já existia: aquela bela e quente harmonia entre os dois sorrisos.
Poderiam passar anos e anos, alguma coisa ainda os ligaria. Poderiam dizer que ali só existia uma ligação singela, mas ambos sabiam que era maior, bastava um sim e tudo estaria enfim explodindo pelos poros, pelo ambiente todo, causando o maior dos impactos que conhecemos: o Amor.
Enquanto isso, eles apenas se cumprimentavam com um oi, um tudo bem, um abraço, um beijo sem compromisso, um passeio qualquer.
Viviam suas vidas na intenção de ser feliz sem saber que ali estava a chave para a alegria dos dois, acabavam virando as costas para o principal e sempre se voltavam um para o outro se perguntando quando enfim conheceriam a pessoa ideal...

Pobres...
Já haviam se encontrado, porém viviam causando o próprio desencontro, na idéia besta de fingir que não existe nada, de ser apenas amigos, de não assumir, de fugir...

de calar-se.

Dedicated to all my friends who live like me, all the time looking for real love

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