quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dream

Um sonho feito de algodão,
Doce como o mel
Lindo feito céu...

Em um pedacinho de papel,
Escrito com todas as dores de amor,
E com toda a esperança possível e passivel de vida...



Estava voltando para casa. Observei só mais uma vez, entre tantas outras, a sintonia entre a rua e a mata do lado. Quanta gente ocupada perto de mim e quantos pensamentos constantes fazendo contraste.
Apenas observei.

Não vou dizer que lembrei de você. Afinal, já faz tanto tempo não é?
Apenas olhei com cuidado as curvas que eu conheço bem e uma sensação de apego me causou uma saudade momentânea.
Quantas amizades se perderam com o tempo.
Quantas coisas vão ficando para tras.

Estava voltando para casa pela ultima vez e me senti livre para fazer o que quisesse. Cada esquina, cada passo, cada canto da cidade exalando aquele sorriso louco.
Eu não tenho nada a dizer, não mais.
É a despedida dessa necessidade de falar sobre o mesmo assunto.

E não volto atras.

Minhas malas estão prontas atras da porta fechada.
O quarto brilhando e gritando para ficar e continuar revendo filmes antigos.
A casa sozinha continuando com aquele mesmo perfume inebriante.
Meus pensamentos continuam errando.

Escolhi ficar por tempo suficiente para perceber que não dá certo.
O filme acabou.
A casa ficou sozinha demais sem minha paciência.
A cidade agora não é mais minha.

Me direciono para qualquer canto que seja longe suficiente dos gritos, do silêncio, da falta do que fazer e de tudo que me ocupava.

Me direciono para qualquer lugar que fique segura... De mim mesma.

E quando observar aquele caminho, agora...
Aquela esquina, aquele banco...
Aqueles olhos parados em cada passo que dou...

Vou me lembrar sem sentir...
Que eu sabia amar.

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