Hoje vou beber meu vinho
De um sangue vivo sem vida nenhuma
De uma prece colorida no tal mundo preto e branco
Hoje vou descer a serra cantando doce
Hoje vou ser mais feliz que ontem eu fui
Hoje vou sonhar sozinha meu sonho bom de menina
E quem sabe dançar tão só a valsa de uma vida triste
Vou me abraçar para denovo não morrer de frio
Hoje vou te esperar mais uma vez nesse imenso vazio
Hoje, aprendo a amar de vez e choro
Vou chorar a dor de perder quem amei
Hoje, vou lembrar momentos que não voltam mais, denovo
E denovo, denovo e denovo, vou cantar o que não cantei
E caminhar descalça me faz pensar
Gelado o chão, tocando meus pés,
Hoje, vou soluçar deitada, baixinho pra ninguém ouvir
E saber que eu sei amar ainda
Que sei sofrer ainda
pelo mesmo de sempre, que nada mudou.
Hoje, vou me certificar da vida
E deixar de ser existente um ser humano morto
Cansado e quebrado no corpo torto
Levando o peso de uma partida tão longa
Vou deixar pra você minhas mãos viradas
Esperando o toque da sua, saudade
Vivendo intensamente a minha real liberdade
Que acredite... eu nunca desejei ter.
Hoje, você vai olhar a janela do quarto
A foto na tela, a cor da janela
Cheirar o perfume que exala da terra
E lembrar que não consegue mais ser feliz
E vou me deitar denovo e denovo
Em constantes apegos no inicio do novo
Em meu sonho ferido, esperança contida
Hoje eu sou mais da mesma, esperança de vida.
sábado, 23 de maio de 2009
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1 comentários:
É bom se aceitar, é diferente de se conformar
Gostei, apesar da rima que achei desnecessária
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