domingo, 14 de setembro de 2008

é domingo, é domingo, é dia de morte n'alma!

Parece que o domingo vai engolir a existência. E que diferença faria? A existência se fez para ser engolida.
Os segundos passam sem fincar seu cruel movimento nos ponteiros deste relógio incansável, e esse dia nunca tem fim.
Permaneço na cama, fingindo que o mundo inteiro é aquela luz que entra pelas frestas das persianas e não me deixa dormir.
O sol já desponta seus últimos raios e eu ainda estou de pijama.
Pijamas são, irrefutavelmente, roupas de domingo. Pijamas e roupas velhas, são as únicas que suportam o peso imponente dos domingos.
Talvez eu tome banho. Talvez não.
Talvez eu lanche às três. Talvez eu acorde às três.
Talvez Bob cante a mesma canção. Talvez emudeça.
Talvez eu chore.
Mas, de certo, envelheço.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pra variar, Clarissa conseguiu deixar a verdade bem mais contundente do que ela é.

=/

Domingo é foda. Se bem que os meus nem estão tão chatos esses dias =P

Mas confesso que, se pudesse e me convisse, me enfiaria no travesseiro, com fones de ouvido pinquefloideando num volume bem baixinho, e dormiria até terça a noite.

Te amo, Clari!
Você é tão linda que eu nem vou perder meu tempo te elogiando! :P

Alissu Deschain disse...

Domingo... Se eu naõ me engano nós conversamos sobre isso, né Clara?

Essa frase: "parece que o domingo vai engolir a existência", lembro dela.

XD

Gosto dos poemas da Clara, porque, como disse Daniel, ela deixa a realidade exposta e faz isso de maneira contudente... Mas nos deixa a pensar: "Puxa, eu tbm penso assim! Como é que ela consegue transpor isso em palavras?"

Phoda.

=*