quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Casa Branca

Algo se ouviu
No meio dos festejos da multidão
Um som baixinho, cíclico
Que só alguns sabiam o que significava.
Esse som ecoava de longe,
do além mar, do passado
Vinha das igrejas, das cadeias,

Das cordas enferrujadas
das guitarras de blues...
Vinha das marcas da carne
E do espírito livre dos seus ancestrais.
Era o som das chibatadas

Dos chicotes estalando
Dos grilhões se arrastando
E dos pilões esmagando o sorgo

E os pretos olhavam abismados
o homem negro no palanque
e em seus pulsos palpitava
o mesmo sangue vermelho,
o mesmo orgulho impetuoso
que por tanto tempo
teimara em não calar.

Eles agora podiam dizer
Do fundo das vossas almas
“Somos gente”
e o nosso líder está protegido
das torturas e das humilhações
pelos alvos muros da Casa Branca
que, graças a Deus,
já nem é tão branca assim.


:)

Martin Luther King never taught his people how to spell,
but Obama did.

Change, we can believe in.

1 comentários:

Márcio Daniel Ramos disse...

pois é. viva Barack. essa lua de meu vai durar muito...

interessante que um amigo meu me chamou ontem de Barack Obina, por causa minha semmelhança com o presidente elito dos Estados Unidos, e o faot de eu torçer para o Flamengo.